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HONDA-BULL

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MOSCOU (veremos)E a Red Bull confirmou hoje que vai de Honda em 2019 e 2020. Depois de 12 anos com a Renault, numa parceria muito bem-sucedida que rendeu 47 vitórias e a penca de títulos de Vettel e da equipe, chegou a hora de dizer adieu.

Já era esperado. Primeiro, porque time e fabricante vêm às turras há algum tempo, desde o início da era turbo-híbrida da categoria. Mas isso se releva, faz parte do teatrinho a troca de farpas daqui e d’acolá. O que aconteceu mesmo foi que a Renault, ao se juntar à McLaren, sinalizou que ela, sim, estava pensando em mudar o rumo. E a Red Bull entendeu o recado. Tanto que dispensou os franceses da Toro Rosso, sua filial italiana, para começar a trabalhar com os japoneses já neste ano. Foi o primeiro e mui necessário contato com a fábrica.

Os resultados não têm sido ruins. O maior problema da Honda nas temporadas anteriores, desde que voltou à F-1 como parceira da McLaren, era a falta de confiabilidade de seu motor. Ele quebrava tanto que nem era possível saber se era bom, ou não.

Aparentemente, não. Quando funcionava, faltava potência. É famosa a frase de Alonso numa corrida que já não lembro mais qual foi, pelo rádio: “Motor de GP2″, disse, em tom de lamento, quando era ultrapassado por alguém.

Parou de quebrar, com a Toro Rosso. Mas há uma certa desconfiança em relação à performance, ainda, em que pese a melhora visível nesta temporada. Para atender às necessidades de uma equipe grande como a Red Bull, a Honda terá de dar um salto de desempenho. Pode acontecer, claro. Os japoneses são reconhecidamente competentes e concentrados em seu trabalho. Não têm muita pressa e fazem as coisas direito, passo a passo.

Ocorre que o mundo de hoje tem pressa. E é por isso que o contrato fechado foi de apenas dois anos. Se não der certo, tchau. Mas tem outro dado aí. A partir de 2021, a configuração dos motores da F-1 muda, e a Red Bull não quer estar amarrada a ninguém quando isso acontecer. Vai estudar as opções disponíveis e tentar entender para que lado o vento estará soprando.

Todo mundo se lembra da Honda — e a admira — pelo período vitorioso com Williams e McLaren nas décadas de 80 e 90 do século passado. Foram anos de glória e conquistas, e seus motores eram disputados a tapa pelas grandes equipes. Não só o hardware — os motores propriamente ditos –, como o software — a capacidade de trabalho, a metodologia e os cérebros dos japoneses.

Os tempos mudaram, o domínio hoje é alemão, mas não se deve desprezar esse “H” aí embaixo, não. Com a McLaren, não deu muito certo, é verdade. Mas é preciso compreender que o momento da equipe também não é lá essas coisas, com saída de Ron Dennis, troca de comando, reestruturação do grupo como um todo. A Red Bull é mais, digamos, “familiar”. A relação será mais próxima e intensa. Pode dar certo.

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